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Acidentes com explosões

Todo ano o sinal de alerta para acidentes com explosões é ligado durante as festividades juninas. Afinal, nesse período o índice de ocorrências envolvendo artefatos explosivos cresce consideravelmente. Inclusive, anualmente, dezenas de pessoas entram em óbito durante a brincadeira.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, de 2008 a 2016 ocorreram 4.557 internações por acidentes relacionados ao uso irregular desse tipo de produto. Em virtude da tradição durante as festividades de São João, no mês de junho, a Bahia é o estado com o maior número de pacientes vitimados por explosivos, seguido por São Paulo e Minas Gerais.

Apesar de ser um costume por todo território nacional, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM) alertam para o uso desmedido dos artefatos, informando a população sobre os perigos e consequências dos rojões, entre outros objetos.

Outro dado alarmante se refere à faixa etária das vítimas. Segundo levantamento da SBOT, 23,8% dos pacientes atendidos após uma explosão por morteiro é menor de idade. A estimativa apontada é grave, dado que o manuseio de artefatos explosivos é proibido para menores de 18 anos.

Consequências

Se o artefato for fabricado de forma amadora, sem qualquer certificação, ou o poder de fogo for aumentado, com aplicação de mais pólvora, a pessoa que manusear o objeto correrá grandes riscos. Muitas vezes, nesses casos, ao invés de explodirem no ar, o fogo estoura no próprio morteiro, podendo atingir fatalmente alguma parte do corpo do indivíduo.

A maior incidência provocada por explosões mal sucedidas é a queimadura nas mãos e nos braços. Também existem relatos de cegueira causada por queimadura da retina. Esse tipo de acidente corresponde a 70% dos casos das internações registradas. De forma geral, a lesão por queimadura é muito perigosa e requer assistência médica com urgência.

Existe também um agravante para quem estiver usando roupas sintéticas na ocasião. Esse tipo de material é inflamável e pode queimar no primeiro contato com fogo. Nessas circunstâncias, todo o corpo padeceria em chamas. Portanto, mais um bom motivo para se atentar ao uso imprudente dos fogos de artifício.

Em seguida, cortes e dilacerações são os tipos de acidentes mais comuns provocados pelo manuseio dos artefatos explosivos. Esses incidentes correspondem a 20% dos casos de internações, e podem comprometer para sempre a qualidade de vida da vítima.

O maior agravante provocado pelo uso do material se refere à amputação de membros. De forma geral, o estouro pode causar perda parcial ou total dos dedos, e até da própria mão da vítima. Nesses casos, a cirurgia de mão se faz necessária.

Socorro

A principal recomendação durante o primeiro socorro à vítima é não medicá-la sem a supervisão de um profissional da saúde. Contudo, existem algumas medidas cabíveis para cada tipo de lesão, que podem ser tomadas de antemão, logo após a fatalidade.

Em casos de queimadura, o local ferido pode ser lavado com água fria ou soro fisiológico, para depois ser envolvido em um pano úmido, pelo menos até o percurso do hospital. O uso de cremes e métodos caseiros são estritamente proibidos.

Sangramentos causados por cortes também podem ser estancados com pano úmido sobre o local. Mesmo assim, a vítima deve ser encaminhada para um posto de saúde ou para um pronto socorro.

Já em casos em que a pessoa que teve algum membro mutilado, todo cuidado é pouco. Principalmente com a parte decepada, para que a chance de um reimplante seja feita com sucesso, é necessário que o membro seja recolhido e preservado em uma embalagem de isopor. Quanto mais rápido for o atendimento à vítima, as chances de reimplante aumentarão consideravelmente.

Lembre-se que para todos esses casos, é fundamental que o paciente receba rápido atendimento médico, independentemente do grau de lesão apresentado após a explosão.

Prevenção

É impossível extinguir a prática, já que a brincadeira com explosivos faz parte da cultura popular brasileira. Portanto, como já dito anteriormente, é necessário muito cuidado na hora de manusear um artefato desse porte.

Atente-se à qualidade do fabricante do objeto. Sob hipótese alguma, compre fogos sem certificação de segurança ou de marcas desconhecidas. É fundamental se ater a materiais comprados em lojas especializadas, em vez de adquiri-los em qualquer lugar. Não confie em produtos caseiros ou artesanais, produzidos por fabriquetas amadoras.

Na hora da brincadeira, o ideal é manipular o artefato se utilizando de uma proteção para a mão. Caso a chama do pavio não acenda o morteiro de primeira, descarte o objeto em uma vasilha com água.

Escolha locais abertos para a brincadeira. De preferência longe de fiação elétrica, inflamáveis e prédios. Impeça pessoas alcoolizadas de manusear o morteiro, já que o estado pode alterar a percepção de segurança.

E, sobretudo, não incentive a prática da atividade para menores de 18 anos. Lembre-se que a venda e o manuseio de materiais explosivos é considerada criminosa pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, e a segurança do menor está por um fio.

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