Yussef Ali Abdouni - Doctoralia.com.br
Especialista em mãos

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A articulação do ombro é uma das mais importantes e, também, a que possui o maior poder de movimentação do nosso corpo. Essa característica decorre de uma combinação de estruturas complexas, mas também faz desta articulação uma das com maior instabilidade.

Uma das estruturas mais sensíveis a problemas físicos fica por conta do chamado manguito rotador, composto por um conjunto de quatro tendões, e que está sujeito a lesões em qualquer tipo de atleta: do profissional ao de final de semana. Sua principal função é a de manter a articulação do ombro estável, evitando luxações e outros problemas do gênero. Entretanto, por estar bastante exposta, a região pode sofrer com lesões, como a famosa síndrome do impacto.

O que é?

Essa síndrome afeta o grupo muscular supracitado e é de difícil tratamento. A lesão pode ser dividida em três etapas diferentes. A primeira etapa é composta por inflamação, dores no ombro e limitação de movimento.

A segunda fase é reconhecida pela presença da tendinite e/ou fibrose, ou seja, o processo de cicatrização não ocorreu da maneira adequada, gerando mais dores, mais limitação e complicando ainda mais o processo de recuperação. Por fim, o último estágio da síndrome está associado a problemas mais graves, como rupturas nos tendões do ombro (manguito).

A enfermidade é complexa e precisa do acompanhamento médico o mais precoce possível para evitar sequelas e, até mesmo, perda completa de movimentos na rotina do paciente.

Causas

A enfermidade costuma surgir ao praticarmos atividades físicas de maneira errada, forçando os músculos além do recomendado e fazendo rotações inapropriadas na articulação. Os praticantes de natação, por exemplo, possuem maior propensão ao problema devido ao uso excessivo do ombro em suas atividades e treinamentos.

É preciso salientar que treinar de maneira excessiva ou com sobrecarga de peso também pode acarretar problemas nessa articulação.

Sintomas

Entre os principais sintomas do problema, vale destacar os seguintes:

- Dor no ombro;

- Queda de desempenho na atividade praticada;

- Dificuldade em levantar o braço;

- Sensação de  “choque” no ombro ao praticar o esporte ou fazer algum esforço.

Diagnóstico

Para ter a certeza de que o problema consiste na síndrome do impacto no ombro é preciso procurar um médico ortopedista. O profissional realizará alguns procedimentos para que não exista confusão com outros problemas, como: Capsulite Adesiva, Tendinite Calcárea e Bursite no Ombro.

O médico terá algumas conversas com o paciente, entenderá sua rotina e tentará descobrir qual a causa da dor. Exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografia também são pedidos para a assertividade do parecer.

Tratamento

Os principais métodos para recuperação da região ficam por conta da fisioterapia, o fortalecimento local e o repouso, na fase aguda. De todos esses, o fortalecimento precisa ser, por assim dizer, um tratamento constante, visando equilibrar as forças que agem sobre a articulação, deixando o atleta pleno por inteiro.

Caso o atleta não faça um tratamento preventivo é possível que necessite passar por um grande processo de recuperação posteriormente. O ideal é que a pessoa pratique fortalecimento junto a qualquer outra atividade que costume exercer: natação, vôlei, tênis, etc. Identificar o problema logo no começo também é fundamental para evitar qualquer caso mais sério.

Outra recomendação importante é a de fazer os exercícios com a melhor técnica possível, respeitando o limite do corpo (cargas correspondentes ao nível do atleta) e evitar forçar demais a região, aumentando a carga progressivamente. É possível que o médico receite, além de fortalecimento, algum remédio para dor ou anti-inflamatório.

Outras Informações

Uma das maneiras mais simples para evitar esse tipo de problema é ter atenção máxima na execução dos movimentos de cada um dos exercícios praticados. Fazer da musculação um hábito, equilibrar forças e prestar atenção nos sinais que o corpo dá, como dores persistentes e perda de força, são fundamentais para evitar que o problema apareça ou se desenvolva mais.

Seguir o plano proposto pelo médico, não se exceder em nada e fazer tudo de maneira detalhada são pontos fundamentais para que o problema desapareça de vez. É imperativo, também, que a pessoa não se automedique, afinal, esse tipo de atitude pode fazer com que um problema mais grave seja encoberto, aumentando ainda mais o tempo de recuperação e deixando todo o processo mais desconfortável para o paciente.

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